quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Legado de Eris às outras Bruxas...


Desta vez, falarei do amor ardente que havia entre o Mestre Samiel e Eris. Sim, em tempos de adolescentes eles não eram nada descabidos em relação ao seu amor.

Aliás, o Assassino do Amor fez perder a virgindade à nossa primeira "femme fatal" de todos os tempos.

O vingativo e dramático vilão com a bela e maliciosa mulher. Este conhecido par foi referido em muitos filmes, livros e peças de teatro, mas nunca outro foi tão espantoso ou trágico como o grande Rei dos Bruxos e a Deusa do Caos. Quer dizer, ela foi a primeira bruxa na história da Dimensão Mágica e ele o primeiro bruxo. Nas suas orgias ardentes, o seu amor era proíbido, contudo, os dois jovens continuavam a encontrar-se. Neptuno, tio de Eris, exigia que esta se casasse com um homem que ela não gostava, mas o Mestre Samiel era o homem com que ela sempre sonhara. Ele tinha muitas mulheres, mas só gostava verdadeiramente de Eris.

Por outras palavras, idolatrava-a! O jovem Sami, já sonhando tornar-se no Rei da Atlântida, um dia, sussurrou-lhe no ouvido enquanto a levava a passear numa noite linda em Cyborg Town:


«Vede: tudo isto é vosso, minha rainha. E em breve, darei-vos um trono digno da vossa beleza, junto a mim, ao vosso senhor e servo!»


Ela, a brincar, riu-se, e, sentando-se ao colo forte do "Anjo Samiel", como ela antes o chamava, disse num tom trocista:


«Vós, meu amado Rei, sois o meu trono mais garboso!»


Que, de outras aventuras amorosas e deleites passados à surdina da noite não se espantasse aquele se ouvisse palavras ditas com tanto carinho por um par mais escandaloso como Samiel e Eris.

Mas eles amavam-se, e amavam-se de verdade, era tudo o que interessava para os dois jovens de dezoito anos.

Para todos os deuses, seria a vergonha uma rapariga da sua classe casar com um mago com tendências para practicar a magia negra.

por isso, combinaram com os Di Euncatzio prometer desde cedo o irmão mais velho de Samiel com a pobre Eris.

Mesmo que ela não quisesse, o estrategma resultaria, pois nessa altura, a vontade política era mais forte que o Amor.

Assim, a infeliz casou-se através de uns vapores que lhe poseram "em nome da democracia" com o seu Anjo Sami, mas apenas na sua mente, pois agora era toda de Jamelino Beno Di Euncatzio.

Para desgosto dela própria, viu Samiel enraivecido a assistir à assinatura legal do casamento na sua própria Cyborg Town, contendo-se com as mãos retorcidas, com o ódio a gelar o seu coração.


«Louco, afasta-te ou o teu sangue será derramado!» Gritaram os homens da Família Di Euncatzio e os deuses apontando as suas armas contra ele.

Enquanto isso Eris derramava lágrimas e tremia por detrás do pálido e branco véu como um fantasma, meio louca com a droga que lhe tinham dado, quase que desmaiava lá mesmo naquele lugar.


Enlouquecido pela ira, agarrou-a pelo braço fortemente como bruta fera e atirou-a para o chão, desembainhou o florete, apenas provando a sua louca paixão pela deusa e afastando os clientes.

«Ingrata, amo-te apesar de toda a humilhação que me fazes passar, amo-te...Traíste-me, mulher infiel no sagrado templo do amor, no nosso templo do amor!»


Nessa hora de terror, a Eris, para se defender e não ser morta, lançou-lhe a famosa maldição que lhe transformou de anjo perfeito para malévolo anjo caído.

Eris tinha um cabelo ruivo cor-de-fogo e olhos-azuis lindíssimos, é por isso que eu sinto-me amedrontada só de pensar que eu poderia ser a reencarnação da Eris. Não sou parecida com ela?

Enfim, ela é considerada a mãe de todas as Bruxas e é muito comun ver no Dia das Magias Negras bonecos com a imagem de Eris nua com uma píton enrolada sobre o seu voluptuoso corpo a ser queimada para dar boa sorte. Esta é uma das muitas tradições estúpidas para mim. É um insulto a nós, Bruxas - que eramos queimadas durante o tempo da Inquisição...! (Ver imagem em cima)

1 comentário:

Arthurius Maximus disse...

Pobre Eris, o amor nos consome de tal maneira que cometemos atos impensados .
Quanto a tradição de atirar-se um boneco dela a fogueira; realmente é um paradoxo. Afinal, bruxas deveriam, como vc mesma disse, ofenderem-se por tal ato. Pode ser que Eris encare isso como um sacrifício purificador, como o que ela mesma já fez.