terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Uma pequena questãozinha pessoal (LoL)




Assassino do Amor:

Vilão, Herói, ou Anti-herói...?

Sei que, ultimamente tenho sido um pouco exigente com os meus posts, mas tenho andado um pouco confusa hoje em dia....!
O Stress dos dias têem-me deixado sem inspiração, e, uma vez que quero ingressar numa carreira de escritora, preciso de ajuda, porque, tenho o prazer de vos afirmar que uma das minhas histórias vai para um concurso de escrita que se vai realizar em Portugal.
Ora, como a data de entrega é para 12 de Março de 2008, queria ter uma opinião vossa acerca dum personagem que, provavelmente, alguns de vocês já conhecem:

O Mestre Rwebertan Samiel Di Euncätzio

É que vou lançar um pouco da “biografia” dele (risos) para o concurso, e não sei de que maneira é que hei-de de o retractar.
A escolha é vossa, uma vez que estou tão indecisa!...
Basta comentarem e responderem a esta pergunta:

Como é que vêem o Samiel?

· O bonzinho;

· O mau-da-fita;

· Ou o arrojado e ambíguo anti-herói?

Lembrem-se, uma única resposta pode ajudar muito...

‘...O conceito de inimigo não é completamente certo e claro...’

Excerpto de frase famosa de Jean Paul Sartre (1905-1980)

sábado, 26 de janeiro de 2008

A ondina do Crepúsculo (parte I)


Bom, na verdade, Eleonora estava nesse preciso momento a comtemplar o famoso Lago Nelnjar, e a aprender as línguas dos peixes e das criaturas marítimas. Como infanta, o seu dever era preparar-se para um dia, casar-se e tornar-se Senhora da Floresta de Cristal, a Rainha Eleonora, descendente dos Deuses do Olimpo e dos Céus Celestes. Os seus olhos castanhos-claros resplandeciam sobre o luar, enquanto observava a escuridão, numa túnica à prova de água, azul transparente, com o cabelo negro encaracolado molhado a ondular ao sabor do vento agreste a soprar violentamente. Ela não se importava, como ondina – espécie de fada, tanto de sexo masculino, como feminino, de grande sabedoria e contacto com a natureza, que pode viver até aos quinhentos anos – a sua primeira tarefa era entender a água e as suas criaturas. A chuva caía devagar por toda a parte, anunciando um possível aguaceiro, mas nada fazia a pequenita de se abraçar às ondas do calmo lago à meia-noite. Ela adorava o elemento aquático e o ar. Por uns momentos, quis abrir as suas asas de borboleta azul-celeste e voar com o seu grande e travesso amigo, Indra, o deus Indu dos Quatros Ventos e da guerra. “A Sonhadora” – era o que o seu nome significava em Atlante-Arcaico, a antiga língua ancestral da qual a princesa era uma excelente aluna.


Como quarta filha de Neptuno, fora criada na agradável corte dos Deuses e das Fadas, entendia a Natureza como ninguém. Aí, os dez juízes da Atlântida ficavam encantados com a eloquência da pequena. Rapariga inteligente, sábia e dotada de uma bondade incrível, percebia a Filosofia, as Artes e as Ciências antigas tão bem que até os magos da corte elogiavam a jovem.
Algumas vezes, sonhava com terras desconhecidas; batalhas fantásticas onde ousados cavaleiros se desafiavam por amor a belas donzelas; ardilosos feiticeiros capazes das mais inacreditáveis proezas; misteriosas damas encantadas no meio de luxuriosas e vastas selvas; maliciosas e gananciosas bruxas; demónios de fealdade indescritível; e, no fundo, havia o garboso príncipe encantado, que, um dia apareceria no nevoeiro, com o seu nobre corcel branco....! Essa era a sua parte favorita das novelas de feitiçaria, em epopeias heróicas e apaixonantes que a faziam suspirar quando via o romântico final do “felizes para sempre”.
As florestas à noite eram um lugar fresco e demasiado imprevisível, mas ela gostava delas assim mesmo, pois ocasionalmente (dependesse das fases da Lua), avistava uma manada de Unicórnios a correr por entre os campos húmidos de erva e folhas atlantes.
Eleonora, também conhecida como a “coraçãozinho de criança sábia”, tinha um temperamento de uma alegre e inocente criança, mas a sabedoria e calma duma mulher adulta.
Nesses tempos, as Filhas de Neptuno passavam imenso tempo a admirar a Mãe-Natureza e a brincar entre os castanheiros; framboeseiras; pinheiros e aveleiras; a nadar nos lagos e a chapinhar no Rio Benção; e a correr alegres entre os jardins do Castelo dos Sete Mares, na Cidade dos Deuses.
Ela suspirou satisfeita, e, relaxada nos braços do lago
Eleonora sentia-se perfeitamente em casa, com aquelas criaturas místicas todas a ajudá-la, a tornar a Floresta de Cristal ainda mais sonhadora e romântica, duas coisas que a própria infanta era.
Sempre com a cabeça no ar, ela gostava tanto de contar histórias às pequenas crianças lendárias, filhas de centauros e sereias, que até se esquecia que se encontrava numa zona de caça do Assassino do Amor.


Na verdade, os olhos verdes, pequenos e penetrantes de Samiel observavam-na com um sorriso malicioso. No entanto, ele nunca a atacaria, como Anúbis dissera anteriormente, ele tinha presas suficientes para aquela noite. Além disso, sob o disfarce dum lustroso cavalo negro, ele estava a uns perigosos metros dela, apenas a devorá-la voluptuosamente com os olhos verdes.
Ela fazia lembrar-lhe Eris: tão bela, tão perfeita, tão intelegente, tão perto de si...Porém, tão distante e impossível de conquistar!
E depois? Cometera um erro com Eris, não o faria com Eleonora! Já com uma donzela desmaiada no negro dorso, ele sabia que ansiava por provar sangue azul....Mas, desta vez, iria ser cauteloso para não a assustar muito, além disso, tinha um bom pressentimento que lhe dizia que seduzir a divertida e inocente menina seria mais fácil do que roubar um doce a uma criança.
Mas naquele dia não, que o Sol já se escondia por entre os cedros e pinheiros bravos e ele tinha de ir retirar para o Castelo Negro, caso alguém o avistasse.
Então, decidido, Mestre Samiel desapareceu por entre as brumas, cavalgando suavemente por entre as ervas altas.
Eleonora pareceu escutar qualquer coisa a galopar, mas....Que lhe interessava isso? Toda a gente sabia que o coraçãozinho da jovem palpitava enamoradamente e tão depressa pelo garboso deus guerreiro hindu quanto o dum beija-flor à procura do néctar.
Quando o via, montado no seu imponente elefante de quatro presas a ír para a caça de garças e a governar as tempestades e chuvas, a jovem ondina sentia como se milhares de borboletas esvoassem no estômago e mal conseguia falar. O jovem guerreiro e príncipe hindu, também de natureza púdica, mas também militarista, não conseguia declarar-se à donzela, pois havia uma data de códigos de cortesia a serem compridos, e nunca foram mais do que meros amigos. No entanto, no fundo de ambos os corações, amavam-se um ao outro como autênticos namorados.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

As gerações de Neptuno


Neptuno queria tudo de bom para as suas sete filhas.



Quem disse que Neptuno, o grande governante tinha, para além de Atlas, outros nove filhos...? Pronto, estes eram os filhos do primeiro milénio, mas rapidamente, com a existência de outras criaturas para além dos Humanos e dos Deuses – os Feiticeiros Brancos e as Fadas – ele decidiu que os filhos fossem os dez juízes das Decisões Finais no Palácio das Reuniões.
Do oitavo casamento, o rei teve sete filhas: Dristina, Racel, Katherine, Eleonora, Helena, Savarhdinada e Swerdinada.
Todas elas belas, talentosas, simpáticas e... solteiras! Era isso que interessava mais a Neptuno, arranjar um par ideal para todas aquelas suas jóias.
Na Atlântida, o moderno e o antigo combinavam um ao outro.
Os jovens ensinavam as novas tecnologias e os mais velhos ensinavam as antigas tradições. Um equilíbrio pacifíco e divino. Algo como aquele paraíso era inatingível em outros países.
Nunca havia problemas nem sarilhos. As pessoas respeitavam as regras e davam a sua própria opinião.
E por isso, tinha tanto medo do Assassino do Amor! Ele representava tudo o que ameaçava a existência da AtLântida: a morte, a guerra, a luxúria, a tentação, a mentira, a vaidade, o orgulho, a inveja, e o ódio.
Contudo, Neptuno via Samiel como um filho e desprezou logo a atitude dos Di Euncätzio e foi o primeiro a ter remorsos.
Nas suas horas de meditação consigo mesmo, perguntava-se porque razão Samiel fazia aquilo tudo? Tinha errado da primeira vez quando achou mal que a sua sobrinha Eris casasse um Feiticeiro Branco, agora pagava as favas.
Um dia, ele gostaria de ter uma conversa com Samiel e perdoar-lhe por o ter achado demasiado inferior para Eris.
Estava ele nos seus pensamentos quando se lembrou que só havia seis meninas sentadas ao seu pé há umas horas atrás.
Onde estaria a quarta rapariga de dezasseis anos, a Eleonora...?
As cinco raparigas acordaram sobressaltadas e assustadas a meio da noite, a pressentir que algo de muito mau teria acontecido à sua irmãzinha.
Mas como...? Como é que uma das raparigas tinha desaparecido?
Era verdade que a rapariga gostava de passar as noites em branco, perto dos lagos e ouvir a lua a contar-lhe histórias maravilhosas. Mas seria ela fã tanto do folclore atlante o suficiente para arriscar ir à floresta na época de caça do Assassino do Amor?
Teria sido ela uma das vítimas de Samiel?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cyborgs - os anti-heróis da Atlântida

Nascido numa noite enublada e imprevisível de 23 de Maio de 1989 no Centro de Saúde da Estação Manuelina, Pedro Jamelino Tezcatlipoca Mariamint Dardo foi logo carimbado como milionésimo “cyborg de família classe média” do sexo masculino no Bilhete de Identidade do Cyborg Oficial da mãe do Pedro.
É que, segundo a nossa amada Constituição Nacional – 58º parágrafo, alínea a) – que um recém-nascido de qualquer casal cyborg tem ser inscrito no censo pelos agentes do departamento de Direitos Civis Atlantes e levado ao burocrata do comandante deste para depois o baptizarem. Segundo o disco-rígido do lado direito do cérebro do Pedro, o cabo e secretário do desconhecido.
«Ja, ja, ja! Fräulein, diga-me lá o nome dessa larva asquerosa no seu colo, e depressa, porque isto, sinceramente, para mim é uma completa humilhação! Francamente, aonde é que eu fui encalhar? Como cabo dum imbecil africano qualquer analfabeto e acéfalo, espetado num fim do mundo, e tudo por causa daqueles malditos checos e ingratos!» Resmungou o oficial não-comissionado num sotaque alemão.
«Pedro em honra de Enoque, o Rosa Azul; Jamelino que significa o “Bom Aventurado” em Atlante; Tezcatlipoca do lado do tio; Mariamint do meu; e Dardo da alcunha do...»
«Sim, do Tenente Dardo, o herói dos Cyborgs e grande amigo de James Dark Sword, já ouvi falar desse traste igualmente, minha querida senhora!» Respondeu severamente o homem, num tom frio. «Então, meu anjinho? Vai levá-lo para o Projecto Pó-de-arroz na Fronteira?»
A verdade é que o Projecto Pó-de-arroz, um suposto programa pedagógico, dirigido aos recéns-nascidos cyborgs nos Anos 80 cujos eram levados pela SPV até a um “jardim de infância” onde só o Demo sabe o que eles faziam aos pobrezinhos!
Campo de concentração, lavagem de cérebro e cãmaras de gás para crianças, é o termo mais correcto e sincero que se podia dizer do genocídio de cinco mil criancinhas mortas lá. Isto tudo controlado com o General B a vigiar tudo sabe-se lá em que sítio.
Cinicamente chamado de Pó-de-arroz por causa da brancura do desinfectante usado para asfixiar dolorosamente os coitadinhos e por causa da canção portuguesa que os assassinos da SPV usavam para acalmá-los.
Felizmente, o meu querido Pedro escapou às garras dos bruxos mais maquiavélicos e cruéis que alguma vez pisaram a Atlântida. Alguns agentes até se especializaram em animação infantil e dar doces às crianças. Com um ambiente e músicas da roda à mistura, as crianças cyborg pareciam muito felizes nas visitas da família, mas a terrível realidade é que eles estavam sob o feitiço do “Flautista da Fronteira”, um famoso bruxo e assassino profissional que detestava crianças e era o comandante do Projecto Pó-de-arroz. Nunca se viu a descobrir qual era o verdadeiro nome do tal Flautista, mas se ele mau e foi suspeito de crimes contra a humanidade e de usar Magia Negra Antiga e Proíbida, foi!
Pouco se sabe sobre os antepassados do Pedro, muito menos como é que ele nasceu, nunca conheceu o pai. Quanto à mãe, apenas se sabe que ela gostava muito dele e deu o segundo nome do exterminador do terrível Assassino do Amor, pois tinha o pressentimento que ele seria também um herói. Desapareceu pura e simplesmente, duma forma tão misteriosa como sinistra! Tinha o meu namorado três anos, e estava ele a dormir descansado com a mãe, quando, subitamente, uma sombra de escuridão, cobriu por completo todo o minúsculo quarto...! O Pedro não gosta de falar destas coisas, a única coisa que se lembra daquele dia foi de ter ouvido o pedido de socorro da sua mãe e uns olhos azuis brilhantes de lobo a olharem fixamente para ele com um certo ar cínico e maléfico.
«Se era um sacana dum bruxo mandado pela SPV ou se era o Papão, nunca hei-de saber...!» Disse-me ele com um grande receio na voz.
Aos seis anos, adoptado pelo tio, ele ingressou na famosa e distinta Academia dos Feiticeiros Portugueses, em Coimbra, graças à benção duma fada.
Conhecida por ter um severo educador e só entrarem as crianças mais bem comportadas e filhas de pais ricos, Pedro viu-se num ninho de bruxos ibéricos e de aprendizes de deuses. O facto é que o educador-chefe de quem os pais tinham tanto medo era um bruxo cujos grandes poderes e maldade eram apenas cobertos pela sua enorme paixão pela música e grande carinho que tinha pelas crianças.
O Pedro lembra-se de tratá-lo por Tio Bruno, e que ele só castigava ou dava palmadas aos meninos maus.
Um pouco social e alegre por experimentar novas brincadeiras, o meu namorado disse que aquele foram os melhores anos da vida dele. O Tio sabia tocar vários instrumentos, dos quais o violino, o saxofone, o órgão do enorme átrio do infantário, o piano eram os predilectos para animar os pequenitos e contar-lhes histórias.
Enfim, desde os seis até aos dez anos, ele divertiu-se imenso, mas disse que já tinha visto alguns dos seus colegas apanharem com uma sova que eles jamais esquecerem do tal amável Tio Bruno. Assassino do Amor ou gentil Anjinho-da-guarda, eram as alcunhas que mais se ouviam nos corredores por entre os meninos.
O facto do tal senhor ser tão perfeito e a sua dupla personalidade de “homem frio e sombrio” e “tio agradável que dava doces aos meninos bons” foi o personagem que mais intrigou o Pedro, mas depois, aos onze, deixou a escola para vir ajudar o verdadeiro Tio Tezcatlipoca na pastelaria/café/restaurante. Além disso, como era uma escola interna, o rapaz tinha de viver e dormir em Coimbra.
Foi um grande desgosto para ele deixar a escola e ainda sente muita falta daqueles passeios e temperatura amena de Coimbra, com o seu Portugal dos Pequenitos, a linda igreja e as fantásticas ruínas de Conínbriga onde ele costumava brincar com os seus colegas...Enfim, a meninice dele ficou marcada por aquela cidade e por aquele personagem estranho que, nas tardes de folga aos sábados estava habituado a tocar violino, tão taciturno, tão triste e desiludido...!
O Pedro nunca percebeu porque é o Tio Bruno ficava tão infeliz naquelas tardes....!
Aos doze até aos catorze, a idade das aventuras, ele tornou-se num autêntico pestinha e começou a fazer caretas aos bruxos e aos agentes da SPV. Aquilo era rebeldia que nem te digo! Ainda bem que não o conheci quando tinha essa idade tão infantil, senão ainda dava em doida.
O facto é que ele, por ter de voltar à suja e húmida Atlântida, sentiu-se frustado e reprimido, e por sua vez, isso deu em grandes sarilhos! O tio, demasiado brando, deixava-o andar por aí a fazer bigodes e caras de maus aos oficiais da SPV adormecidos; a escrever grafittes cómicos contra os Bruxos na parede da esquadra local; a roubar comida; e a destruir tudo o que era sítio.
Ele sentia-se bem assim, era a sua forma de se afirmar, mas em breve, tudo isso acabaria...Um dia, apareceu um bruxo importante na cidade, aos quinze anos, que, ao se atravessarem duas crianças demónio no caminho, ia bater-lhes com um chicote quando Pedro os defendeu, dizendo que o bruxo não tinha o direito de bater em duas crianças de apenas três e quatro anos. Infelizmente, o caso deu mal e o meu namorado, humilhado pelos rufias do tal arrogante Príncipe Lenek, que lhe deram uma coça que lee jamais esqueceria. A partir daí, todos os dias, o Pedro chega a casa com algum dente partido ou as joelheiras com alguma ferida. Mas nada disso impede aquele palerma de se meter em sarilhos numa qualquer rixa entre jovens cyborgs e aspirantes a agentes da SPV.
Se não fosse eu aparecer na vida dele aos dezasseis, sabe-se lá em que prisão o meteriam...Conhecedor de artes marciais como o judo, a esgrima e o, ele até se safa nas ruas, mas quem manda são os Bruxos, não os Cyborgs. Imagina se ele tivesse que enfrentar os verdadeiros Bruxos! Aqueles que já atingiram a maioridade dos Cem Anos.
Ou seja, que já têm mais de cem anos e que podem ser mesmo perigosos.
Ouvi falar pelos antigos duma profecia horrível, duma guerra interminável que porá mulher contra homem; pai contra filhos; irmão mais novo contra mais velho; que trará a desgraça, a crueldade e a maldade até um ponto que a Atlântida seja destruída.
Segundo Samiel, apenas dois ficarão e esses decidirão o destino do nosso destino....Será que a profecia estará a cumprir. É que a guerra está a tornar-se devastadora para ambos os lados. Cada dia, morrem mais inocentes, para acalmar a ira e teimosia dos Senhores da Guerra. Quando é que isto irá acabar...?
Ele não conheceu o Rei dos Bruxos ou o meu Padrasto, ou o Duque von Tifon. O Pedro não sabe a lenda do Assassino do Amor, e é disso que eu tenho medo: que ele se envolva demais e se magoe a sério.
Se ele se meter em sarilhos por causa de mim, vai ter de enfrentar mais do que uns meros pauzinhos de borracha ou pedras.
Bom, foi numa dessas lutas de gangues difíceis – não, ele lidou com os Bruxos mais novos. – que eu conheci o Pedro e a Sara. Quando o próprio Capitão-Mor foi prender o Pedro e eu por acaso estava ali a comprar umas cervejas para o Tio Seth. Era o meu terceiro dia na Atlântida e com unhas de ferro, consegui convencer o grande e excelentíssimo convencido capitão a largar o osso. Foi mais o próprio Dark Sword que me ajudou. O grande e querido Conde James Dark Sword, o único homem honesto em toda a Atlântida e chefe da Resistência. Foi uma honra ver esse génio, esse gato de olhos verdes-esmeralda...Ai, ai...As mulheres caem aos pés daquele meio-cyborg (do pai), meio bruxo (da mãe) – nas revistas, dizem que ele deverá ter uns cento e sete anos, mas que é sempre tão misterioso e frio.
Porque é que será que, eu e as outras mulheres ficam caídinhas por ele...?
Será do sorriso encantador; dos olhos azuis profundos e lindos; dos músculos por debaixo daquela capa ou daquela eloquência charmosa inglesa...?
A primeira a reparar naquele 007 atlante foi a Serpente de Fogo, precisamente uma inimiga dele! Acredita, aqueles dois têm uma química juntos. Todas as revistas cor-de-rosa dizem que, se não fossem, politicamente, advsersários, casariam o mais depressa possível. Toda a gente o sabe, excepto o meu primo...!? Sinceramente, eu preferia que ela se casasse com o Dark Sword do que com o Sr. Duque Couto von Tifon, um bruxo de alta estirpe e, meu primo. Para que assim, não tivesse que chatear-me e fazer das crianças – para não falar dos demónios, as fantasmas, a minha família – de escravos de Sua Majestade. Coração contra dever: já vi este quadro em algum lado....Além disso, todos os Cyborgs sabem que o seu líder politíco está completamente apaixonado pela sua pior inimiga. Ai...Ai...O Cupido tem andado tão ocupado, não achas?
O resto tu já conheces: tornámo-nos inseparáveis, o trio dos invencíveis!
Bom, o que resta saber é se a vida na Atlântida nos tornará a sorrir....


As aventuras do Pedro Dardo, a Jessica e da Sara continuam em....
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Ou veja a história em que a Jessica conhece pela primeira vez o Pedro Dardo e James Dark Sword.

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