domingo, 23 de setembro de 2007

Massacre do Dia das Magias Negra (Última parte)

Precisamente na orgulhosa tarde da grande e última actuação da internacionalmente famosa cantadeira Eris – termo português para cantora de fado ou simplesmente para cantora – o anfitreão que a iria apresentar ao público atlante foi misteriosamente encontrado nas margens do Rio Benção, perto de Cyborg Town, morto com um saco de papel na cabeça e ao ser examinado, encontraram um vírus fatal de febre tifóide que o colocou num estado horrível!
Ao lado do seu chapéu, encontraram também uma carta a dizer:

Damas e Cavalheiros da Nobreza atlante,

Já vos mandei vários avisos acerca de como a Atlântida deve ser governada, porém, até agora, não têm seguido as minhas ordens.
Irei dar-vos uma última opurtinidade: quero que a cantadeira e deusa do caos Eris vá para o Mundo dos Mortais e que, assim sendo, lhe sejam retirados todos os seus poderes, vivendo como uma humana simples lá.
Enquanto isso, sugiro que a nossa linda Princesa Sarvahdinada Arco-íris de Fogo se estreie com a sua linda voz. Acrescento que Eris irá para o mundo dos Mortais muda.
Assim, o espectáculo estará , numa única palavra...IDEAL...!
Arranjarei forma de assistir à estreia da minha querida Princesa até às oito da noite. Se até lá não tiverem executado estas instruções, um desastre para além da vossa compreensão irá acontecer.

Permaneço, assim, meus caros senhores e senhoras, um obediente servo...

ĶĿ
(Assassino do Amor)


Mesmo assim, Eris fez escândalo e berrou o mais que pode para que a sua grande e última actuação não fosse roubada por uma “miúda piolhenta de cinco anos” , como ela chamou á Serpente Arco-íris.
Era este ou não o seu momento de brilhar pela última vez. Ela só pensava em dinheiro ou fama, e não havia dúvida que o Assassino do Amor não lhe metia medo.
Para além de ter o que queria, ela fez questão de convencer todos os convidados a participar num controlo de segurança: sempre que um deles passava pela entrada do auditório, tinham de comer uma maçã dourada do caos, e, se por algum incidente, os seus dentes se partissem aos bocados, ele ou ela teria de ser o Mestre Samiel ou um dos seus homens disfarçado.
Cinco minutos depois da primeira canção, as luzes em todo o auditório e a electricidade falharam, e, de repente, ouviu-se a terrível e ameaçadora voz característica do Assassino do Amor:
- Eu não disse claramente que Eris devia saír da Dimensão Mágica?!
- DESAPARECE DAQUI, SEU SAPO VELHO! – Berrou insistemente Eris muito irritada.
- Um sapo, madame? – Exclamou inocentemente a voz de Euncätzio. – Talvez seja a senhora o sapo!
Mal ele disse aquela frase, a mulher continuou a cantar, mas em vez da sua voz, saiu um carcarejo grosso e nojento.
Uma risada perversa ouviu-se dum homem satisfeito, vendo que o seu plano estava a resultar às mil maravilhas.
Cinco minutos depois, as luzes e a electricidade voltaram e a querida cantora de todos pode finalmente cantar em paz.
O som da sua voz aguda de mulher saía perfeitamente, até que, subitamente, a barriga e a garganta começaram a apertar-lhe severamente os movimentos.
De seguida, teve várias convulsões no estômago, com suores frios e implacáveis, surgidos do nada! Mesmo uma única palavra seria difícil de dizer no estado em que estava.
Em breve, Eris começou a vomitar horríveis sapos da boca, invadindo a audiência de uma sensação desagradável de pavor àqueles bichos vermelhos que saltitavam da boca da cantora.
Até Neptuno ficou transtornado com uma coisa daquelas. Os anfíbios não paravam de saír da boca dela, e ninguém sabia como os parar! Ela lá tentou tapar a boca, mas os pequenos bichos continuavam e continuavam....A partir daquele dia ela nunca mais pode falar. Morreu silenciosamente treze dias depois...!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Massacre do Dia das Magias Negras - parte I








Ainda hoje o Dia das Magias Negras é sinónimo com um massacre ainda maior que o da lenda do Assassino do Amor quer fazer parecer. Esta conspiração sangrenta foi provocada porque Samiel nesta alturaera um homem arrogante e frio; um maníaco sexual cuja única coisa que o fazia sentir-se sentimental era o poder.


Realmente alguns dos seus subordinados afirmaram ser verdade que o seu amo estava louco de todo! Desde os primeiros anos dourados de Cyborg Town que a leve ezquisofrenia e a sede por energia mágica (o sangue que corre numa fada, bruxa, bruxo, cyborg, deus e mago. Os Demónios não têm energia mágica, estão mortos, são como zombies a andar na terra) de mulheres lindas. Quando o longo dia (noite) trabalho acabava o álcool e o sexo era a sua salvação para o cansaço e stress.


Isto não seria problema (sendo o primeiro bruxo, o seu sistema digestivo aguentava aquelas garrafas de licor de pena de corvo com framboesa azeda, bebida típica atlante)...


Enquanto que ele se ocupava de apanhar as ondinas; os seus homens violavam o direito de privacidade ao bater à porta a altas horas a todas as portas brancas, levavam as fadas para a rua e matavam-nas com os seus tridentes com as suas acrobacias e incríveis poderes negros. Na manhã de 1 de Novembro os jornais diziam as atrocidades que “A família Di Euncätzio” tinha cometido: “Noite de sangue, morreram 666 fadas e desapareceram 333 magos!” no News Zone; “O maior crime da Família Di Euncätzio” no Diário Atlante; “Família Di Euncätzio: cacau derretido em energia mágica espalhada por toda a Atlântida!” na revista Fada Cozinheira; “Dignidade já nos sonhos doces dos Di Euncätzio” no Lua de Cristal; “Indústrias Di Euncätzio perdidas no fundo do terrorrismo!” no Novo Guia Essencial para a Atlântida de Platão. O primeiro Dia da Magia Negra tinha sido festejado.
Era mais que óbvio que o reino de terror de Rwebertan Samuel Di Euncätzio de trinta e quatro anos ainda não desabara por completo. Um ano passou-se, e practicamente, todas as fábricas Di Euncätzio tinham falido graças ao Dia da Magia Negra. A família tinha sido arrasada econimicamente social e literalmente. Uma noite, a janela do quarto da pobre e infiel rapariga de trinta e um anos abriu-se de rompante e um homem de uma fealdade indescritível entrou a dentro. Porém, o que viu, fez com que a malvada (Eris também não era nenhuma santa) desatasse às gargalhadas: lágrimas de cristal corriam pelo rosto de pedra do bruxo.



Ele não vinha lá para matar, mas sim para perdoar. Implorou à deusa para que começassem uma nova vida longe da Atlântida e que se o beijasse era suficiente para a salvar da perdição eterna.


- Só peço um beijo, Eris. - Disse segundo alguns criados da deusa. - Esqueci o nosso passado, e tu, meu amor? Ainda é tempo para nos redemirmos dos nossos crimes.


Contudo, a mulher só pensava no quão rica seria quando cassasse com o irmão mais velho do Assassino do Amor (tinham anunciado o noivado há três anos, mas por mais apressada que fosse, Jamelino não era tão extravagante) e o quão mais ricos eles poderiam ser quando reconstruíssem uma pastelaria Di Euncatzio. Jóias, pérolas e diamantes, era o único amor de Eris.
Na sua voz ondulada e sedutora, ela respondeu virando-lhe costas:


- Não será decerto nem hoje, nem amanhã nem nunca que te vou beijar, seu patife! É bem feito que estejas assim, sempre foste um monstro cruel por dentro, agora és mesmo um! Oh, não, não e não...!


A pacîência do Mestre Samiel ainda não se tinha esgotado, por isso ao deixá-la, lançou-lhe um beijo e num súbito vento e nevoeiro branco, a sua voz aterrorizadora soou num tom de ameaça:


- Tem cuidado contigo, Eris...! Este é o último aviso: realmente amas o idiota do meu irmão, é bom que lhe sejas fiel. Seria uma pena vê-lo destroçado por uma porca como tu!

Quanto ao Jamelino Beno Di Euncätzio, foi o único a sobreviver à maldição da praga de Serpente de Fogo (transformando t30% da população no povo Cyborg) da sua família.
Ficou com Eris, mas não por muito tempo: o coração volátil da mulher logo se dirigiu para o governante Neptuno, o Deus dos Oceanos e patrono de toda a Atlântida, que tinha acabado de perder a primeira noiva. Achando uma opurtinidade para se tornar na 1ª dama de toda a Atlântida, Eris cortejou o poderoso deus e expulsou Jamelino Beno do caminho; sem dinheiro nenhum, ele não valia nada, e apesar de todos os constantes avisos de todas as suas amigas para ter cuidado para não "brincar com o fogo", ela fez orelhas moucas quanto ao Assassino do Amor....Erro crasso........!

Continua na próxima parte...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cyborg Town e o Anel da Serpente (Parte III)



Logo que a feira deu os seus frutos finais, já Sami de vinte e oito anos tinha nas suas mãos setecentos homens e dez mil fenixnianos por mês o que equivale actualmente a dois mil euros! – o producto final da feira, tirando o salário dos seus homens e as despesas de “Cyborg Town” – para ajudarem-no na fase 2 do seu grande plano para eliminar e humilhar de uma vez por todas o seu irmão mais velho. Surpreendentemente, contou a boa nova aos seus parentes, incitando-os a pôrem a sua gastronomia à venda nas barracas da grandiosa feira e convidou-os ao primeiro aniversário da feira, com uma grande surpresa reservada para a meia-noite do dia 25 de Junho de 20.005 A.C.
Como um jovem teria arrecadado tanta fortuna e fama em apenas três míseros anos – o “Mestre Samiel”, como ele se intitulava nessa altura, já era conhecido por toda a Atlântida pela sua “terra das maravilhas” – a família Di Euncätzio não queria saber nem estava para aturar o seu “filho prodígio”, pois classificavam o abandono e negação de toda fortuna da família como ele já estivesse morto! E não só vieram à festa como afirmaram ser verdade os romoures cujo contavam que o “Mestre Samiel” estava louco de todo! Os rumoures vieram dar lugar a calúnias, e em breve, em quatro dias o ingénuo sonho cor-de-rosa de Samiel quebrou-se em mil pedaços, e o rapaz encontrou-se novamente na banca rota, humilhado, com Cyborg Town na falência, sem um único visitante! O seu plano nunca se viria a concretizar...?! O seu segredo de fazer fortuna ficaria guardado para todo sempre...........? Aquele seria o fim da fortuita carreira do “Primeiro Bruxo”!?
Além disso, com o casamento de Jamelino Beno Dark Sword com a linda deusa Eris; a família tinha outras coisas com que se preocupar.
O pobre Sami ficou destroçado quando o amor da sua vida passou para o lado do seu pior inimigo!

“O Mestre Rwebertan Samiel Euncätzio chorava copiosamente de madrugada e ao ver-nos dizia com um tom sombrio na voz «estamos perdidos, ó boa gente, estamos perdidos.....”


Ele não tinha tempo para Eris, mas quando o tinha, empenhava-se ao máximo para a conquistar, mas nem todos os seus truques infalíveis para conquistar mulheres resultavam com ela (era a sua “menina do coro” preferida, a jovem deusa trabalhava em Cyborg Town, para demonstrar o seus talentos musicais, e em todas suas perfomances e apresentações, nas raras vezes que se viam nos números em conjunto, notava-se uma faísca de paixão em Sami, porém, o mesmo não acontecia com a rapariga, ela detestava beijá-lo no palco diante de várias pessoas a verem) A última vez que o viu em público foi nesse aniversário onde o transformou num monstro horroroso que ele passou a ser, um rosto que podia parar um relógio!
Mas porquê tanto ódio ao seu irmão mais velho? É que, desde que era um rapaz, Samiel via o seu irmão ter tudo o que queria: bonito, as raparigas mais belas, o mais popular na escola, o menino preferido da família, as melhores notas, os melhores presentes na Páscoa e no aniversário; mas porque razão não gostariam do “Anjo Caído Sami”?!
Samiel era tão bonito como o seu irmão.
De tal maneira o seu reino ficou abandonado, que agora, ele vivia num castelo negro que ele tinha feito, desde cedo fora a primeira obra mencionada no seu interminável poema, quase a morrer de fome, e ficou tão perturbado, que a mente ficou mais malvada a cada dia horrível que passava!
Desta vez, ele jurou vingança não só ao irmão ou à própria família, mas também à Atlântida inteira, prometendo de corpo e alma que um dia, ele seria o homem mais poderoso de toda a Atlântida.
Mais um plano surgiu no seu cérebro fértil. Com o dinheiro que ainda restava, comprou um Rolls Royce, rápido, lustroso e moderno; mandou os seus homens forjarem uma espada fina, um florete fatal juntamente com a tindrite, mortal ao contacto com a pele de qualquer deusa, nobre, ninfa ou fada; enfeitiçou com as suas artes negras a sua harpa, tornando-a irressístivel e com um efeito hipnótico para qualquer mulher que a ouvisse; vestiu as suas vestes pretas, pôs um chapéu de feltro igualmente preto, calçou umas botas de cabedal negras; calçou umas luvas negras de pele de uma raposa negra que morrera numa sexta-feira 13; e ordenou todos os seus homens para que fizessem o mesmo com os restos dos seus salários, comprando as mesmas roupas que ele, mas que não comprassem um carro, mas sim um tridente. Ensinou apenas os feitiços de magia negra mais simples que conhecia, e disse com a sua voz falsetto terrível para um homem de certa idade (trinta e três anos!):

- Vão até às casas das fadas e magos e tragam pelo menos três exemplares de lá; quer de boa vontade ou à força da violência! Digam aos vizinhos e aos sobreviventes que foram os Di Euncätzio que vos ordenaram fazer isto e que nunca mais irão ver essas queridas pessoas dessa forma!!!!!!!!!!!!! A propósito, as duas Princesas sempre quiseram vir ao meus domínios, temos de as convidar qualquer dia..........

Assim tão determinado o disse e assim o fez: na noite de todos os santos tocou a harpa docemente, apresentando-se como um jovem garboso, de vestes pretas guiando suavemente montado no seu brilhante carro de luxo qual mocho da noite observando as ondinas a brincar lá em baixo na fonte de Kali da Avenida Principal, e outros seres femininos elementares entoando canções atrevidas, que escarneciam do poderoso e humilhado bruxo. Atraía as pequenas e malandras criaturas aquáticas para saírem da fonte e da água, chamando-as com bonomia «Lindas donzelas sobrenaturais, senti-vos infelizes acorrentadas nessa minúscula fonte para toda a eternidade? Vinde comigo, sei dum sítio onde todos os dias são de fartura e prazer, deixem-se encantar pela maravilhosa música do Mestre Samiel....» Ele prometía-lhes doces e uma vida de princesa, mas o que tinha reservado para elas era bem diferente: uma vida de escravatura, forçando-as a serem sacrificadas para os seus pervertidos e impensáveis actos sexuais, esquartejando-as depois quando estavam “inúteis”, deixando-as nas ruas em toda a Atlântida com a assinatura e o selo da família Di Euncätzio numa carta de amor. Assim nasceu a lenda do Assassino do Amor e da má-reputação de Cyborg Town, mas ainda não te contei porque razão o Dia das Magias Negras é festejado. Isso fica para outra vez.... (Risadas sinistras minhas)

sábado, 1 de setembro de 2007

Os Demónios - milénios de discriminação


Na minha carta falei acerca das fantasmas das amantes do meu tetrabisavô, e tu deverias ter-te perguntado ao lê-la:

De que classe são os fantasmas...?

Bom, os fantasmas são da classe dos Demónios e geralmente eles são os “bodes expiatórios” – juntamente com os Cyborgs – de todos os crimes que nós, Bruxos, cometemos, e são tratados com tal crueldade que não importa se são assustadores ou não, nós é que somos os mestres deles. A maior parte dos Demónios vive na Fronteira, atrás das fortes grades dos portões da Fronteira entre o Mundo dos Mortais e a Dimensão Mágica....Grande mentira hipócrita! Ainda existem alguns demónios e fantasmas que assombram a maior parte de toda a Atlântida, mas que nunca entraram no sagrado Palácio das Reuniões isso é verdade.
Se te perguntas porque somos superiores, aqui está a Pirâmide de Classificação Atlante, ou mais conhecida por PCA, estabelecida pela SPV em 6 Junho de 20.006 A.C.




  1. Deuses


  2. Bruxos


  3. Nobres


  4. Fadas


  5. Magos Brancos


  6. Cyborgs


  7. Demónios

Como vês, isto da discriminação entre classes já dura muito, mas depois da Guerra de Poriavostin, a PCA mudou mais ou menos assim:


Deuses

Nobres

Fadas

Magos Brancos

Bruxos

Cyborgs

Demónios


Até agora, a PCA mantêm-se mais ou menos assim:

Deuses

Nobres

Magos Brancos

Bruxos

Fadas

Cyborgs

Demónios


Foi assim que está e nunca mais vai mudar, até que aqueles deformados decidirem tomar controlo, é por isso mesmo que nós, Bruxos, estamos aqui, para assegurar que malandrins como as fantasmas das amantes do Duque Hermann von Tifon exagerem. E não achas que somos bastantes assustadores que aqueles demónios asiáticos da treta? Nós, os Bruxos, somos malvados, mas ao contrário dos Demónios, temos requinte... eh, eh, eh...!


-------------------»