sábado, 31 de dezembro de 2011

O Kulmabgigi, o Escravo e a Sacerdotisa



Só espero que a letra não esteja demasiado pequena ou grande ou seja lá o que for (tenho cá uma paciência para passar a limpo as coisas que escrevo no Word e depois pô-las no blogger...! Mas que raio de mundo electrónico é este que não nos deixa ficar com uma letra apresentável? ) Um conto festivo para o final de ano...

Claudinitiana fora há mais de mil anos atrás, vítima de um maremoto de violência. Enganada pelas promessas de um homem que ela achara ser verdadeiros e bem intencionados. Embora as mulheres naqueles tempos na corte tivessem um grande poder e soubessem fazer magia tão bem quanto os homens, a sociedade do Norte era um pouco mais conservadora, pelo menos nos tempos em que a maior parte dos estrangeiros eram Chineses. As mulheres – estou a falar das mulheres de nobreza, aquelas que descendiam de pais de origem Grega – sabiam tanto de literatura como das várias línguas que se falava nas ilhas bellantes. Não se sabe muito bem como, quando nem porquê é que a jovem se encontrou com o feiticeiro, filho adoptivo da família de mercadores e feiticeiros Chineses. O facto é que desde esse dia em que a sua virgindade tinha sido destruída, a jovem rapariga de quinze anos decidiu nunca mais ter a ver com os bruxos do norte. Ela sabia muito sobre ervas e poções, por isso não é de admirar que Rwebertan Samiel Di Euncätzio a tivesse escolhido e não a outra dama da corte. As mulheres bellantes nobres de origem humana eram muito ricas e também muito belas, com as peles caucasianas e os olhos separados e delineados como qualquer Europeia. Seguiam-se as filhas dos guerreiros e oficiais do exército, essas já eram Nahualli de gema e tinham outras feições, com a pele bronzeada como se tivesse sido pintada em ouro. Com os corpos ondulados e envergando vestes coloridas, de sorrisos delicados e muito doces, elas atraíam os guerreiros e comerciantes vindos de partes desconhecidas do mundo.

Eram dos bruxos Japoneses e dos comerciantes Chineses que costumavam vir as famosas trovis, que tentavam seduzir as belas raparigas bellantes. As mulheres da corte nobres faziam-se desejar: dançavam com os seus corpos de raparigas jovens nas festas multiculturais como a Festa de Nagguena e a Festa dos Senhores (Guerreiros), respectivamente no fim da Primavera e no inicio do Verão. Os homens que fossem ou feiticeiros, ou guerreiros – ou seja que fossem do Exército ou que servissem como guarda-costas dos camponeses – podiam, fossem eles de que nacionalidade ou raça, levar uma rapariga para dançar com eles. Nessas alturas, era muito provável que uma jovem (mesmo que fosse uma nobre) se deixasse encantar nos braços de algum estrangeiro. Ai, que o amor não é uma coisa lá muito fácil de se governar! Diz-se que a própria padroeira da Cidade dos Deuses e Deusa da Guerra, a Senhora Bilafassabnsair, toma a forma de uma prostituta para copular com humanos em tempos de festa. Isto claro, era uma anedota lançada pelos bruxos do Norte.

Porém, Claudinitiana – apesar de ser uma das guardiãs das placas que ocultavam o segredo de como usar a Lua dos Sonhos – foi (tanto do Sul, como do Norte) alvo de calúnias e das piores acusações possíveis. Chamavam-lhe de “criatura imunda e desavergonhada” pelas pessoas do Sul, de “mulher serpente demoníaca” pelas pessoas que viviam para além do Rio Cnarq, “cortesã de bruxos” entre os Chineses, “gueisha” no século dezoito e dezanove (no sentido prejorativo), “mulher amarela e sardenta” entre os Europeus, e outros nomes que tais que seriam demasiado porcos para eu os mencionar. Diz-se que Deus dá nozes a quem não tem dentes, e realmente, a mulher com cauda de peixe, sem pés, que apesar de ter um coração muito volátil, também era muito doce e as palavras saíam-lhe dos lábios como quem não tinha cuidado com aquilo que dizia.

Um dia, duzentos anos depois da guerra de Poriavostin, ela encontrou um aprendiz de feiticeiro – ou melhor, um escravo. O homem não tinha o ar bem posto dos bruxos, mas também não era nenhum nobre bellante, daqueles que têm a pele enrugada por cicatrizes e a cara enegrecida pelas dores da guerra. Era um jovem bárbaro, provavelmente que viera através do comércio Chinês. O guarda-costas dela, um guerreiro Japonês de cento e tal anos e Kulmabgigi experiente, talvez tivesse olhado de soslaio quando verificou que o rapaz era de origem Mongol. Porém, a piedosa Claudinitiana não deixou de dar uma esmola ao jovem que tinha-os arranjado o transporte para ela voltar a casa. A partir desse momento, a sereia com mil anos acima perdeu-se de amores pelo jovem escravo de apenas dezasseis anos. Como é irónico, apaixonar-se depois de se ter purificado num dos momenos sagrados do calendário! Bom, ao menos sabia que a Senhora Bilafassabnsair não a censurava. Aquela deusa era a deusa do amor platónico, da paixão desenfreada e sem limites!

Acenava com o leque emplumado para o rapaz se encontrar em segredo com ela, mesmo que não tivesse nem espadas, nem soubesse feitiços, nem coisa que o valesse para a sustentar. Ah, de uma coisa ela estava certa: ele andava muito bem a cavalos, e percebia o suficiente sobre esses animais altos e fortes para comprar os melhores quando era necessário. Era dextro na arte de manejar um arco e flecha enquanto que cavalgava, uma coisa que o velho Kulmabgigi achava ser uma habilidade desnecessária quando ele próprio sabia andar a cavalo e era um espadachim formidável. E ele, o escravo perdia-se naquelas correias de trigo que eram os cabelos dela, tão longos como se pertencessem às de outra personagem de contos de fadas, Rapunzel.

A dor do desejo era demasiado intensa para que ambos a conseguissem suportar sem que, à surdina, se abraçassem apaixonadamente. Era a primeira vez que alguma vez se apaixonara por uma mulher, e Claudinitiana, doce e feminina, deixou que ele penetrasse bem fundo na intimidade dela. Aquelas tranças de mel encantavam-no de uma forma que o escravo não conseguia explicar. E porque não, se aquela era a Vénus das ilhas bellantes? A zona mais delicada e mais fluída daquele corpo atlético era humano, sem um único pelo, branco como se fosse a mais rica e mais bela de todas as pérolas! Os seios eram pequeninos, como bolas da árvore de borracha, com áureolas grandes de caramelo, e as ancas assemelhavam-se à cintura de uma ânfora de incenso perfumado e quente. Os olhos eram da cor do mar, e aqueles lábios rosados encantavam qualquer homem que fosse vivo – ou morto – no Império! Em tempos idos, tinha sido uma das damas de companhia de Eris. Imaginai como um escravo de origem Mongol, poderá se ter sentido inferiorizado diante de tamanha beleza!

«Senhora Claudinitiana! Nem sei o que me dá no meu coração, mas sinto que sempre que vos vejo, parece triplicar de tamanho, e só me apetece abraçar-vos...»

Apesar de tudo o que velho Kulmabgigi dizia, Claudinitiana não deixava de amar o jovem escravo. Mas havía um limite para tudo, até para um homem que era a delicadeza numa túnica preta. E quando a sereia lhe disse que ela estava à espera de um bebé do escravo, ele ficou roxo de raiva!

«Como ousais ter conspurcado o vosso sangue real com um bárbaro simplório, que nem sequer recebeu a sua primeira espada de obsidiana?!»

Ao que a senhora sacerdotisa da Ilha de Melxocolatlbilar respondeu, revelando um tom indignado por detrás do leque:

«Que disparate! Já agora também eu sou uma selvagem, já que tenho igualmente cabelos louros e olhos da cor de safiras...»

O velho samurai fez de imediato uma vénia, ajoelhando-se na terra dura e húmida da gruta da cascata onde a sereia vivia.

«Perdoai a minha insolência, senhora minha. Desde aquela Primavera há três anos atrás, que não me deixo de apoquentar convosco. Por essa mesma razão é que decidi permanecer ao vosso serviço.»

Aquelas palavras tão eloquentes pareciam como que vindas do coração do guerreiro desonrado, e, confiando apenas no tom de voz que eram pronunciadas – que, humildades e simplicidades à parte, era muito experimentada e cortês a voz do encantador guerreiro Japonês – a sereia Claudinitiana deixou passar por aquela vez. A forma como o Kulmabgigi tomava conta dela e a protegia, tendo-a sempre em tamanho respeito, enchiam-na de um estranho sentimento de amizade por ele. Além disso, o Kulmabgigi sabía muito acerca de ervas e poções para amainar as dores de gravidez sem matar o pequeno ser que vivia agora dentro do ventre dela.

Quanto ao jovem escravo, ele ficou igualmente ao serviço dela, protegendo-a com a vida. Mas era mais doce e mais inocente que o velho Kulmabgigi, que por vezes demonstrava um pouco de crueldade quando matava aqueles que ameaçavam a vida da sua senhora. À medida que o tempo passava, Claudinitiana começou a aperceber-se que o velho guarda-costas não era assim tão de confiança como ela pensava que era. Os olhos dele brilhavam de inveja sempre que a via com o escravo, cujos olhos tinham uma expressão mais suave que as amêndoas no Verão. O Kulmabgigi de braços compridos acenava friamente que era altura da senhora ir para exercer as suas funções, com uma das mãos ásperas pousada no cabo da espada.

Eles apressaram-se, com o Escravo a ajudar a Senhora Claudinitiana a subir ao seu cavalo, com um leque emplumado da cor da seda branca da sua túnica. Com a tiara de filigrana em ouro e prata com uma jóia de turquesa e um véu da mesma cor que a túnica, ela parecia-se com uma quimera de longos cabelos louros, com cauda de peixe e escamas de jade, e o cavalo da cor de âmbar escuro e polido unia-se a ela como se fossem uma só criatura. Uma besta sagrada que todos os humanos naquela ilha respeitavam e amavam, acompanhada por um guerreiro imponente que andava num cavalo mais alto do que os outros, de uma coloração semelhante ao couro das suas luvas e à bainha da sua espada, negro como a noite. As austeras e frias botas – igualmente de pele negra – espicaçavam o pobre do animal para andar correctamente, como se estivesse a carregar um Senhor da Magia Negra. Embora o Kulmabgigi usasse a adaga de jade e a espada curva de obsidiana embainhadas como símbolo do poder de um oficial de média patente do Exército Imperial – ou seja, um Jaguar negro – nenhum dos Humanos se curvaram perante a sua presença quando ele passou no meio da procissão que se dava para escoltar a sacerdotisa até ao templo, no cimo do monte. Fora graças à compaixão e à amizade que Claudinitiana detinha por aquele homem sem honra que ele se tornara tão influente. Há três anos atrás, ele nem podia andar num cavalo! E lá estava o desgraçado, a pavonear-se pelas ruas como se fosse marido da Sacerdotisa da ilha. O Escravo, desta vez, andava a pé, segurando o cavalo de Sua Senhoria, envergando vestes humildes da cor da terra húmida, típica do final do Verão Bellante. No entanto, não sentia nem um pouco de rancor pelo guarda-costas da sacerdotista. Estava feliz pelo facto de só faltarem poucos meses para que a sua querida senhora lhe der um filho.

Subitamente, quando, uma voz exclamou, no sotaque do Norte:

«Parai imediatamente com esta marcha!»

Era um Japonês, mas decerto não estava vestido da mesma maneira arrogante que o guarda-costas da sacerdotisa. O povo de Melxocolatlbilar virou-se para o sítio de onde a voz vinha. Ficaram boquiabertos: era Rokurou Ishikawa, o primeiro Rei dos Magos e um dos feiticeiros mais poderosos que alguma vez tinha existido em toda a Bellanária. Apesar de tudo, o velho Ishikawa – que tinha mais de mil anos – envergava roupas ainda dos tempos de quando era um Kulmabgigi. Nunca gostara de se rodear de soberbos luxos. Cheirava a um doce agradável, enquanto caminhava lentamente em direcção à Senhora Claudinitiana.

O escravo, que ainda era muito novo e que não ouvira nunca falar do nome do famoso guerreiro e feiticeiro, pôs-se em frente do cavalo da Sacerdotisa e com um ar muito sério e ameaçaddor, ao apontar o arco e flecha para o homem de meia-idade.

«Quem sois vós, seu Kulmabgigi tolo? Ninguém se aproxima da minha senhora!»

O Mestre Rafael, como era chamado nas terras do Sul, permaneceu calmo, enquanto o outro feiticeiro sorria com um ar amável para o gentio plebeu, que estava um pouco assustado com esta inesperada visita de “Lâmina Sagrada de Cinza”, uma alcunha que os povos humanos do Sul tinham arranjado para o feiticeiro, por este usar roupas escuras ou cinzentas, de linho ou de outra coisa mais áspera.

A voz masculina do homem tocou nos ouvidos de Claudinitiana, também ela que no fundo, estava sobressaltada com o homem que há mil anos atrás, tinha-lhe salvado a vida tantas vezes do Assassino do Amor.

«Se queres mesmo proteger a tua senhora, jovem escravo, aconselho-te para que olhes para cima: o homem que está ali não é um feiticeiro branco, mas sim um bruxo demoníaco.»

A isto, o oficial do Exército Imperial – de Sua Majestade, o Rei Neptunvs XIV, que todos os Deuses o tenham em conta – retrucou numa voz serena:

«Sim, de facto fui um homem que cometeu muitos erros. Mas isso são águas passadas, Mestre Ishikawa. Agora sirvo a muito estimada Senhora Claudinitiana, que purificou a minha alma de todos aqueles pensamentos sujos.»

Ishikawa Rokurou limitou-se a sorrir satisfeito com a lealdade da raça belicosa e teimosa dos Bruxos ao Império, enquanto dava espaço, recuando num ar servil para que a procissão arrepiasse caminho em direcção ao Templo da Senhora Bilafassabnsair, no Suryadevnahutbal, na Capital.

Os olhares que se pasmavam com a grande estátua da Senhora Bilafassabnsair, erguida num mastro de marfim com bonitas e coloridas faixas de veludo de vários tons de azul diziam que ela naquele ano estava muito bem esculpida, que alguém tinha sido abençoado com o dom de carpintaria pelos Deuses. Era um feriado nacional que passava, fazendo com que um mar de gente comparecesse na Cidade dos Deuses, só para ver a sagrada, monumental e maravilhosa estátua da deusa que protegia todas as ilhas do Império. Comemorava o dia em que a Senhora Bilafassabnsair – protectora da pátria Bellante – tinha derrotado os dois filhos pecaminosos de Jetwas. A seguir ao Dia da Magia Negra e ao Dia de Todos os Deuses, era o dia mais importante no calendário bellante. Acontecia por volta de 12 de Outubro a 31 do mesmo mês, e todas as regiões e ilhas do Império da Bellanária faziam uma estátua com aproximadamente cinco metros de altura a representar a deusa do Império montada num jaguar preto (simbolizando o seu marido, o Senhor Tezcatlipoca, deus da guerra, e a vitória dos Bellantes Nahuallis sobre os Mexica, ou seja os Aztecas), e faziam-na desfilar pelas ruas da capital do império, com vários carros alegóricos puxados por cinquenta homens de cada lado, cada um deles eram guerreiros da classe das Águias, ou seja oficiais de alta patente no exército, que mostravam com orgulho as suas lanças de jade, as suas plumas de mil e uma cores e – no caso dos bairros e aldeias do Norte – as suas espadas e tatuagens com imagens tipicamente Chinesas e Japonesas, simbolizando a paz entre os povos que viviam nas ilhas do Atlântico. Nas ruas de Melxocolatlbilar, só se ouviam coros de homens vitoriosos – os guerreiros e aprendizes de feiticeiros da ilha que se situava na baía do ducado de Shunamari com os Principados dos Feiticeiros e com a Cidade dos Deuses – a hastearem a bandeira cor de âmbar com uma flor de amendoeira (o brasão da Ilha de Melxocolatlbilar) enquanto que carregavam o pesado mastro de ouro, marfim e de prata onde ia a estátua da Senhora da pátria bellante. A seguir, iam vários guerreiros jaguar, dos quais o Guarda-costas da Sacerdotisa era capitão e líder – todos eles, como a maior parte dos feiticeiros que fariam com as outras sacerdotisas dos outros templos das ilhas e das outras regiões bellantes – protegiam da guarda.

Só vendo é que uma pessoa ficaria sumamente maravilhada pelas vozes fortes e bem afinadas dos guerreiros, com as cores do mastro, e pelo facto de carregarem tão preciosa senhora. E pensar que ainda tinham de caminhar mais uns quilómetros, andando pela ponte que ligava o principado Japonês de Yotanji à Ilha de Melxocolatlbilar. As várias raças, classes e imigrantes que habitavam nas ilhas Bellantes, paraíso do Atlântico, alegravam-se ao ver a procissão, com os servos de Tezcatlipoca, o senhor da guerra, protegendo a Senhora Bilafassabnsair.

Claudinitiana sorriu, feliz por voltar a ver que a sacerdotisa de Yotanji estava tão bonita naquele ano tão próspero.

Acompanhada pelo Escravo, que andava um pouco cabisbaixo – mais que não fosse pela pesada argola de madeira que carregava ao pescoço e o prendia ao chão – ela olhou para o rapaz, preocupada.

«Porque estás assim, meu amor?» Ela sussurrou, num tom carinhoso, revelando os belos olhos azuis em direcção ao jovem humano.

«Sois tão cruel quanto o seu Capitão da Guarda, senhora minha. Fui eu que encontrei aqueles belos cavalos negros. E enquanto sois poupada de andar a pé na terra fria e húmida do Outono, Vossa Senhoria, eu tenho que me contentar com os meus pés, que ardem sempre que dão um passo só!»

Claudinitiana reparou naquela terrível injustiça. E não fora ela que lhe pusera aquela argola. Ao ver que tinha sido o Capitão da Guarda – o seu antigo guarda-costas – ela respirou bem fundo. Com um aceno discreto do leque, ela fez com que aquele pesado anel de madeira se desfizesse em cacos. Esboçou um sorriso.

«A partir de agora, és livre. De qualquer maneira, acho que o nosso filho não seria um escravo de maneira nenhuma. Os filhos dos Escravos Bellantes são livres já desde o nascimento.» Ela murmurou, em voz baixa, entrementes o Capitão da Guarda de Melxocolatlbilar cavalgava com um ar altivo pelas modernas estradas bellantes.

O Homem Livre sorriu. O seu coração palpitava de alegria, enquanto caminhava com a bandeira da ilha.

No entanto, o Capitão da Guarda viu-os, naquelas intimidades, a Sacerdotisa Claudinitiana com o Homem Livre, e de imediato os seus olhos encheram-se de ódio! Mas como era um dia de festa, nada fez para perturbar a paz e a alegria que reinava nas gentes, nos nobres, nos dos templos, nos guerreiros, nos feiticeiros, nos escravos, nos demónios, e nos Deuses daquela ilha. Mas, quando o Dia da Magia Negra chegasse...talvez...

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