terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rosa Americana


Uma pequena canção que escrevi enquanto lia alguma literatura oriental - ultimamente, tenho andado um pouco obcecada com o tema da Ásia nos Anos 20, 30 e 40 por causa de algumas das minhas personagens serem orientais. Talvez use esta canção para um dos meus livros.

Pequena rosa,
Toquei nos seus (dela) cabelos,
Roubei-lhe um sorriso, àquela criatura pedante,
Orgulhosa da sua nacionalidade,
Como numa pintura a óleo, os selos,
Pintados com o vermelhos dos seus lábios,
Ela não se assemelha a uma criatura de pura virgindade,
Ela é uma rosa Americana, a minha querida e misteriosa amante!




A minha pequena rosa,
Conhecía-a numa esquina à beira do mercado Chinês,
Através do perfume Francês azul que saía dos seus olhos,
Fiquei encantado, e através da cor da sua pele sedosa,
(Tão diferente da minha pele horrorosa!),
E as suas pétalas eram os folhos
Do vestido, por aquela donzela com delicado tecido,
Eu fiquei enternecido!


Quando o vento lhe roça, gentilmente,
Nos cabelos de porcelana,
Creio que ela tem medo de mim,
Aquela tentação do país do ocidente,
Mas ela, ela é uma rosa tirana,
Isto poderia ter outro fim,
Assim, eu poderia beijar novamente aquele rosto tão quente!


Pequena rosa de Nova Iorque,
Por que me vira a cara, como quer esconder,
Aquela pequena tristeza,
Aquele vazio de cabeleira com sabor a mel,
Escondida ela está naqueles olhos de quem não quer,
Não quer ganhar a guerra, mas quer ser uma perfeita mulher!
Mas ela, ela é uma flor de dureza!


Rosa de vinagre misturado em vinho,
Ela, com o seu delicado e teimoso orgulho,
Não quer tocar num rosto de ouro,
Será que ela não vê que o tigre lhe entrega o focinho,
Será que ela não vê a vénia do submisso touro,
Ela, com o seu ar de senhora com espada em punho,
Será que ela não sente os meus lábios a ansiar pela pele dela,
Será que ela não percebe que os seus seios sabem a canela?

Pequena rosa,
Deixa-me provar esse fruto exótico,
Deixa-me perder nesse teu rosto hipnótico!

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