terça-feira, 26 de abril de 2011

Bruxaria ao Som dos Sinos



Para a minha infelicidade, eu não escrevi isto enquanto estava na Bélgica...Mistura dos meus temas favoritos: ocultismo, mitologia, história, e histórias de terror! :D


Uma coisa completamene diferente das coisas que nomalmente escrevo, já que tive de me basear naquilo que vi sem dizer no poema aonde é que a história decorria.
















Uma folha a cair no meio do Outono,



Uma pequena gota de sangue a cair, a cair, a cair,



Suavemente do teu casaco, enquanto ela adormece, com sono!



Pling, pling! O cristal é mergulhado,



Sobre a boca dela, presa por grilhetas negras, na poça de altar,



E tal como os antigos Deuses professaram,



Tal como tu tinhas planeado,



A tua vítima terá de morrer sete vezes, para o feitiço funcionar,



Ela é uma camponesa desconhecida, perdida!











Ding dong, pling, plong!



Os sinos da torre do dragão dourado marcam



Marcam o ritmo das gotas de sangue que caem da tua aveludada mão!



Após o último momento de vida,



Perto da rua dividida,



"Pelo rio abençoado pela Mãe sagrada!"



A oração para o feitiço resultar,



Pronunciada com o sangue a escorrer das mãos de cabedal,



Pois esta é a verdadeira força do Mal!











Pling, plong! Ding, dong!



A canção é tantas repetida,



O gracioso sagrado corpo da donzela é possuído,



E à medida que o feitiço é construído,



Para obter a força que derrubará a Igreja,



É preciso beber do sangue da feminina virgindade!



Para fortalecer o poder da tua maldade!



Jamais outro homem ela amará,



Pois é na tua força que reside a cativa!











Os canais estão silenciosos,



E com a maior suavidade,



O ritual progride, com sussurros amorosos,



Ela sabia o que lhe tinha reservado o Destino,



Jamais escapará do monstro mesquinho!



Presa por desejo,



Presa por um só ardente beijo,



Dela saemos mais horríveis inpropérios,



Mas para ti não há correctos critérios!











O último suspiro, arrancado da garganta,



Fina, envenenada, corrompe a mulher santa,



E dela saem gritos de amor, dor e terror!



A lâmina afiada percorre com excitado furor,



O feminino interior,



E já o corpo dela é oferecido,



O cordeiro apetitoso pelo lobo é comido,



E no meio das ruas escuras,



Na cidade medieval, ouve-se um terrível gemido!











A pomba desvanece-se,



E dos seus brancos pêssegos, restam apenas cinzas,



Na alva, uma fieira de cabelos prateados tece,



As lojas ainda não abriram,



Mas eis que entra um homem com cabelos de oiro,



E paga, com um copo de líquido vermelho, uma tapeçaria,



No tapete, uma loura, formosa rapariga grita em agonia,



Mas ninguém a ouve ou a sente,



Isto não é bruxaria,



É religião!











E não há ninguém que desmente...pling, pleng!

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