terça-feira, 17 de junho de 2008

Capítulo 1 (primeira parte de três)


O começo do épico em prosa "A Lua dos Meus Sonhos" - escrito pela escritora Tifongirl, baseado em testemunhas, algumas fícticias, outras autênticas, acerca daquela que veio a ser uma das maiores aventuras, desde a criação do Ser Humano - é como uma lufada de ar fresco antes da tempestade. As personagens, por si, não comentam, nem criticam nenhuma das alterações que tiveram de ser feitas - e estão a ser - durante a producção do livro. Em princípio, a obra era uma tradução em Português de Portugal, feito pela fada Alice Gernnützan no Verão de 1946, com o título original de 'A Princesa, a Bruxa e o General', com o intuito de ser um conto de fadas para crianças, mas devido à censura, a ideia da publicação ficou em «...águas de bacalhau...» até agora. Adaptado para todas as idades, "A Lua dos Meus Sonhos" é um romance que, decerto, apaixonará todos os leitores a um sonho, cujas intermináveis aventuras se desenrolam uma atrás da outra. Em nome de todos, obrigado pela vossa atenção, e agora, silêncio, pois, se vai dar a primeira parte do Capítulo 1 da "A Lua dos Meus Sonhos": ....


A nossa história começa realmente no ano de 1919 depois de Cristo, num dia solarengo de 25 de Maio, precisamente a treze minutos antes das nove horas.
Num campo florido de roseiras brancas, iluminado convenientemente ao Sol brilhante, naquela clareira quente e amena, no meio da Floresta de Cristal.
Esta floresta sagrada, símbolo da paz e da Mãe-Natureza, zona atlante que cobria um terço da Atlântida, habitada pelas Fadas e por outras demais criaturas e seres, nasceria a reencarnação duma das irmãs mais corajosas e valentes de toda a Atlântida, aquela rapariga que deu a vida pela sua pátria.
Este lugar colorido e bonito, com um fresco aroma a rosas trazido pelas graciosas sílfides (as leves ninfas e fadas do ar), com a relva verdinha acabada de regar pelas ondinas – as fadas e ninfas da água, dos rios e dos lagos, com cabelos de oiro e vozes de rouxinol, a nadar calmamente numa pequena ribeira à direita da clareira – e a temperatura agradável com que as folhas dos castanheiros, aveleiras balançavam, sem nunca cair, fazendo com que os botões em flor abrissem lentamente, pelas invisíveis salamandras.
Foi em Nutus – o Campo da Juventude – que Annelina Sara, ou “Anne” como lhe chamavam as amigas – nasceu.
À medida que crescera, a jovem ninfa da terra, ou melhor a dríade Annelina – um dos bons desta história – tornava-se cada vez mais bonita e sabedora. No entanto, conservava sempre a meninice dentro de si. Afinal de contas, era uma fada da terra, e as dríades, essas lindas criaturinhas extrovertidas e brincalhonas, são as mais formosas e engraçadas de todas as Fadas.
Também foi nesse local, que, aos onze anos de idade, o seu bando de dríades se juntara ao relento para dar uma festa em honra ao seu décimo primeiro aniversário.
De opinião aberta, o que a fazia um pouco pertinente, sempre de bom-humor, muito imaginativa, mas frequentemente distraída, Annelina era muito curiosa, para além de ser bastante teimosa e desconfiada.
Porém, diante de estranhos, era um pouco tímida, educada e receosa. Era uma rapariga bastante extrovertida e contraditória, mas era mais doce do que o mel das abelhas.
Ocasionalmente, ela é que era a mais corajosa para ir à cidade mais próxima comprar gengibre, leite, manteiga e pão para as refeições da sua tribo. Annelina até nem se importava de se cruzar com alguns Cyborgs e Feiticeiros Brancos, que a recebiam nas suas bancas com sorrisos de orelha e orelha e diziam nas suas vozes meigas “Ora, o que temos aqui? O que desejas, minha querida criança?”
Ela respondia sempre prontamente, com um sorriso, meio pudico, meio travesso, com os seus grande e lindos olhos azuis a brilhar de inocência «Um litro de leite, cinquenta gramas de gengibre, cem gramas de manteiga e uma baguete de pão.»
Sendo a mais nova da tribo de Dríades Hulme Defgirtanm, composta por aproximadamente vinte mulheres, Annelina seria, sem dúvida, quando crescesse, a mais bela de todas elas!... Tinha cabelos longos e escuros, que lhe davam pelos ombros, dando-lhe um aspecto bem amoroso. Faces morenas e pequenitas e um pouco redondinhas, nariz franzino e lábios pequenos, e um corpo médio, para aí com um metro e cinquenta e cinco, e uns olhos castanhos e cintilantes reflectiam uma alma bondosa e pura duma criança.
As que não estavam a cozinhar saudáveis sopas, saladas e outros alimentos vegetarianos, com bolos de cenoura e fantásticas sobremesas à base de fruta e vegetais – que era, tudo o que elas tinham lá na floresta – preparavam os melros, os rouxinóis, os grilos e as cigarras; ou enfeitavam as árvores, os arbustos e a relva com lindos pirilimpampos a brilhar ao luar; ou, no caso mais atrevido, iam a Cyborg Town buscar cacau em pó e outros condimentos.
Annelina Sara Rós Branca raramente ia à cidade, e quando o fazia, adorava ir até lá e ver os mercados, as gentes...Ficava simplesmente maravilhada com aquelas pessoas tão curiosas e ocupadas a trabalhar. O seu melhor amigo era Isaías Qerbhat, o jovem centauro de treze anos, mercador de gengibre, que viajava por terras desconhecidas e países do oriente. Como passavam pouco tempo juntos, ela via-o como um irmão mais velho. Um divertido e aventuroso irmão que partia, de vez em quando para paragens desconhecidas e regressava um mês depois, com histórias fantásticas e cristais sempre curiosos no saco à tiracolo. E era nessas alturas em que ela lia mais. Apesar de não ter muito jeito para a cozinha e ainda estar a aprender, Anne adorava ler livros, acerca de coisas para além da ilha, e o facto de novas coisas estarem sempre a acontecer em todos os lugares do mundo ao mesmo tempo deixavam-na curiosa.
Refugiada na calma floresta, juntamente com as outras fadas da terra, ela não fazia a mínima ideia de como as cidades podiam ser perigosas! É claro que ela só tinha ido aos arredores da Cidade Perdida, na costa oeste da Atlântida, mas se soubesse que, a esta altura, os Bruxos estavam no auge do seu poder, ficaria aterrorizada!
Isto porque, os Humanos estavam a chegar quase ao limiar entre a Dimensão Mágica e o seu mundo. Isto porque, certos homens maus – não estou a definir a Humanidade em geral – começavam a ficar interessados na Magia Negra e nos seguidores de Tsesustan, os Bruxos.

2 comentários:

Anónimo disse...

os teus blogs são super fixes vou vir cá sempre que poder parabéns as histórias são magnificas

Anónimo disse...

Certamente será o início de uma saga empolgante.