quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A calma antes da Tempestade...!


Em primeiro lugar, obrigado pela tua colaboração Arthurius, espero que mais pessoas venham a contribuir para o desenvolvimento do Grito da Verdade
Agora....A continuação da história do Assassino do Amor!
Para além de rico, ter uma alma artística ser maldoso, o Mestre Samiel tinha uma capacidade essencial para os seus planos.
A sua luxúria pelo poder e a sua vaidade dependiam desse dom natural seu. Ele já estava irritado por os deuses terem falado de Neptuno, mas quando mencionaram mais nomes indescrítiveis cujos as fadas customavam chamar ao bruxo, este decidiu encontrar a pequena sereia de uma vez por todas juntamente com os dois deuses.

Este longo episódio relatado pelas testesmunhas vivas - as sílfides da floresta e os trents, o equivalente masculino das dríades - talvez seja um dos mais assustadores e tenebrosos de toda a vida criminosa de Samiel. Ele preferia actuar nos bastidores a puxar os cordelinhos, mas por uma ocasional infelicidade, a sua ira tinha sido desperta. Talvez seja uma das mil razões porque as fadas e os seres mágicos da floresta temem os bruxos. Segundo os relatos da época, esta foi uma das grandes batalhas entre os seres de magia branca e os de magia negra, mas, para o triste grupo de trezentas dríades que habitavam e deram refúgio à ondina, aquela era uma noite calma...!

Ao caír da noite, na clareira da floresta, sentia-se um ambiente mágico no ar, o estranho musgo azul ténue em cada árvore brilhava cada vez mais à medida que a noite avançava. A Floresta da Cristal chama-se assim por este brilho azul pálido que se pode ver do céu e cobre quase dois terços da Atlântida. É uma das maravilhas naturais mais bonitas do nosso país.
O vento soprava sobre os juncos e ervas altas dos muitos lagos pálidos, cuja a água reflectiam o luar. As criaturas da floresta já se tinham retirado para dormir, excepto três vozinhas de lindas jovens que cantavam alegremente.
Até parecia que as árvores e as restantes plantas tinham ganhado vida, mas não era isso. Aos poucos, apareceram três dríades completamente nuas.
Uma escondida por detrás dos chorões com a mesma pele branca de cal e cabelos desgrenhados tão verdes quanto as folhas de um chorão.
Outra, surgiu nas ervas altas verdes-escuras, correndo mais depressa que um servo, com pezinhos finos e magros. A terceira saiu da sua mãe macieira, igualmente com cabelos finos louros como as folhas amarelas do Outono e corpo sensual castanho-escuro como o tronco da árvore. Todas tinham as orelhas muito pontiagudas e narizes aquilinos.
Assim eram e são as dríades, as ninfas protectoras da floresta,seres híbridos, metade planta, metade fada, metade mulher. Brincavam muito divertidas. Dançavam em conjunto, saltavam ao eixo e escondiam-se por entre as árvores e as plantas.
As canções, nesse tempo, estavam unicamente dirigidas a um só alvo, o temível Assassino do Amor. Elas sabiam que era muito perigoso fazerem isso, mas, tal como qualquer espírito livre, adoravam a sua vida sem preocupações.
E algumas vezes, esqueciam-se que habitava um feiticeiro poderoso naquelas imediações. Eram verdadeiras macaquinhas daquela floresta, aquelas malandras...! Mas não o faziam por mal, não. As Dríades não são malvadas, de facto, são muito bondosas e brincalhonas.
Porém, pararam de cantar, e aperceberam-se que seria bom ver as duas princesas de perto.
Toda a gente conhecía – e conhece – a sua ladainha preferida, e que é assim:

Aqui vamos nós alegres, a meio caminho da lua invejosa.
Não invejas os nossos livres passos saltitantes?
Estar com um homem...! Que desdita mulher és tu!
Não gostarias que a cor do teu corpo combinasse
com as cores do arco-íris?
Estás zangada mas isso não importa, irmã, não tens pezinhos delicados de ervas daninhas como nós!

Aqui estamos sentadas num ramo, a pensar sobre o que
Sabemos.
A sonhar com tudo o que vamos conquistar em poucos minutos.
Alguém nobre, inteligente e bom, desejoso que nós lhe partilhemos
Os nossos segredos.
Já nos íamos esquecendo desse rapaz, mas isso não importa, irmã,
Não tens cabelos a esvoaçar sobre o vento!
Mal elas sabiam que duas dezenas de homens as observavam, fascinados com a espantosa beleza do trio de raparigas. Escondidos na escuridão e nas rochas, rastejavam no silêncio daquela noite à procura do sinal do seu mestre. Eram os homens do Assasino do Amor. No seu flanco esquerdo, encontrava-se a deusa Néftis a ver a força das três inocentes meninas.
Elas não pareciam ser nada más, mas.... (continua no próximo post)

2 comentários:

Arthurius Maximus disse...

Estou aguardando a continuação... (rs). Esse é um personagem muito interessante nessa trama toda...

Jotacarlos. disse...

Legal,
vc gosta de magia, em? E a vida é uma mágica.
Esperando a continuação, já sabendo q vc é uma fada divulgando os segredos da alta magia do bem,
fico aqui a imaginar o quanto nós todos temos em comum; todos nós temos muito trabalho a frente.

Parabens e sucesso sempre.
um abraço.