segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Cyborg Town e o Anel da Serpente (Parte II)


Como é que esta armadilha gigante nasceu? Quando é que esse ta 1º bruxo conseguiu transformar uma "Ilha dos Prazeres" com um cocktail de auschwitz com Las Vegas?!


Para isso, temos de recuar vinte mil anos atrás, precisamente na altura onde Neptuno ainda reinava justamente sobre a Atlântida e quando não exisitiam nem Bruxos, nem Cyborgs, nem Demónios, apenas Deuses, Nobres, Fadas e Magos coexistiam em paz e harmonia naquele paraíso na Dimensão Mágica!

Nessa altura, a palavra "feiticeiros" era apenas atribuída a uma família: os ricos Di Euncätzio eram uma família de cozinheiros e músicos, mas o seu trabalho principal era a pastelaria, a chocolateria e a gastronomia. Eram também os magos mais poderosos de toda a Cidade Perdida, naquele tempo considerada a capital internacional da economia e comércio na Dimensão M+agica. Dizia-se que os seus doces, sopas, enchidos e iguarias tinham um sabor tão especial e aspecto irressístivel devido a um tempero que jamais revelariam.

Ora, o segundo filho mais velho da numerosa família – Rwebertan Samiel Di Euncätzio – não ligava tanto ao negócio do seu clã, mas se o pequeno “Sami” de vinte e cinco anos adorasse a sua harpa e considerasse como seu único e melhor amigo sim, isso era verdade!

Jamelino Beno de vinte e seis anos preferia as magias ocultas do alquimismo para alcançar o que nenhum Di Euncätzio conseguira, transformar o seu cacau esmagado em tindrite peperita, a versão mais tóxica da hortelâ-pimenta, que ao entrar em contacto com a pele, dizia-se provocar palidez súbita; mas o seu uso como afrodísiaco e aroma de doces era divinal!
O segredo e tempero da Gastronomia Di Euncätzio baseava-se em temperarem a comida com um pouco de milemnite peperita, a hortelâ-pimenta atlante, só encontrada na Floresta de Cristal na Zona Histórica, uma planta deveras rara. Com a tindrite peperita, Jamelino Beno seria concerteza o próximo chefe das indústrias Di Euncätzio e ser o homem mais rico de toda a Atlântida.

Ao saber disso, Sami ficou tão invejoso que decidiu não só copiar a ideia do “mano James”, como também aperfeiçoou o engenhoso plano: com o dinheiro que o chefe da família lhe dava, comprou um terreno baldio de exactamente 30.000 mil metros quadrados, um inteiro districto abandonado da atlântida, a precisar de algumas obras. O astuto Sami meteu logo mãos-à-obra, deu corda às sandálias, e começou logo o seu árduo trabalho apenas com uma pá; cinquenta km de arame farpado; um mapa do districto vazio; uma folha de uma ode sua à infância; e aproximadamente cinquenta fenixinianos num pequeno saco, ou seja, dez euros certinhos.
Durante dia e noite, o rapaz não descansava, cavando profundamente no solo, seguindo as instruções do mapa e do insignificante poema.
O seu esforço valeu-lhe imensos calos nas mãos e nos pés e uns músculos que atraíam as pequenas fadas que observavam com admiração a dura tarefa do mago, porém, um ano depois, viu a sua obra-prima terminada: um pequeno laboratório e feira de diversões onde as criaturas mágicas mais novas estivessem a salvo dos perigos. Chamou-lhe Cyborg Town, mas esses eram os dias jovens do pequeno Samiel de vinte e seis anos, aquilo assemelhava-se mais a um “Portugal dos Pequenitos do que uma enorme metrópole de diversão e prazer. No entanto, a sua música atractiva e os megafones soando a aguda voz jovem de Euncätzio a convidar ternamente as crianças, fadas, e toda a espécie de ninfas a entrarem no seu mundo de alegria e jogos do mais bizarro que se pudesse alguma vez imaginar parecia algo provido de uma mente distorcida e pueril....!” Mas Sami era um génio sem dúvida, os seus doces, tabaco e chocolates pareciam ser a resolução para vários problemas diplomáticos no Palácio das Reuniões, e o seu país de sonhos com que sempre visionara desde pequeno crescia e crescia..........
Em breve, a sua cara estava estampada em todos os jornais atlantes ora tratado como “O novo Midas que toca em Chocolate e o transforma em ouro!” no News Zone; “Doce Mulherengo faz fortuna com Feira-Popular” no Diário Atlante; o prémio “O Pasteleiro do Ano” pela revista Fada Cozinheira; “Mago que adora crianças cria o parque temático mais inadecritável que a Atlântida alguma vez viu no último milhão de anos” no tablóide Lua de Cristal; “Cyborg Town – primeiro dia de trabalho: 999 visitantes!” no Guia Essencial para a Atlântida de Platão.
A câmara e os pappaparazzi adoravam-no: um jovem que tinha chegado a um nada e tinha feito desse nada a sua eficiente galinha dos ovos de ouro era ou motivo suficiente para capa de uma revista, ou para primeira página de um tablóide qualquer vindo num quiosque. Toda a gente queria conhecer o bizarro e excêntrico génio de centenas de invenções, engenhocas e locais entre os quais destacavam-se: a roda da extrema “Fartura & Tortura”; o “Desfiladeiro dos Terrores”, um assustador comboio fantasma em escala natural que tinha a capacidade de 100 passageiros, em que, no meio do percurso de fantasmas havia uma irónica minipeça com marionetas, representando a família Di Euncätzio, e o mais arrepiante era que não havia uma marioneta do pequeno Samiel, mas que as marionetas Di Euncätzio eram muito más para com uma pequena harpa, eram! Havia também o fantástico restaurante com boa música e vinho “O Cavalheiro”; o cinema com 300 salas “Sonhar No Escuro”; e, por fim, o erótico hotel, o grandioso e enorme castelo “Palácio dos Prazeres”. Havia, porém algo mais tentador do que todas as outras diversões para as crianças, uma casa dentro do próprio castelo, essa casa era o sítio onde as poucas fadas que se atrevíam iam pedir ao próprio Rwebertan Samiel Di Euncätzio um doce ou dois.
Nessa “Casa Anónima”, aconteciam coisas estranhas e desconhecidas, que apenas o Mestre Samiel sabia..................!
De pobre feira da ladra a parque temático para miúdos e graúdos, tanto para os trabalhadores que ajudaram Cyborg Town a tornar-se uma realidade como para Samiel, aquela cidade era uma autêntica mina de ouro.




Para a próxima semana, continuarei com esta história!!!!!!!

1 comentário:

Arthurius Maximus disse...

Nem no mundo da mágica foge-se da pirataria e da espionagem. (rs)