Uma pétala cai no meio do lago perfumado,
Lago dos teus olhos,
Ao ver os dourados folhos do vestido amado,
Bela flor de cerejeira,
Tão perto e tão longe,
Está o meu amor monge,
Amor perfumado de macieira,
Só para ti, querida moça gracejeira...!
Perto da cerejeira,
Sinto-te mais perto da ceifeira,
Do que nunca, linda cantadeira...
O meu coração é tão humilde, pobrezinho,
O meu coração amolece-se diante do teu olhar,
Com um pequeno alaúde, já velhinho,
Confesso aquilo com o qual não te posso falar!
Perto da cerejeira,
Sinto-te mais perto, fico como o pessegueiro,
No tempo da seca, o pobre amante cantadeiro!
Pequena camponesa, sempre que te vejo a trabalhar,
Pequena camponesa, sempre que cheiro o teu perfume,
Vem-me à boca uma sensação de cantar,
Mesmo que respondas com azedume!
Perto da cerejeira,
Sinto-me como se tocasse nas tuas costas de flor,
Não é ilusão, é uma sensação agridoce, não é quase dor...!
É como a tangerina,
Tem um sabor sumarento e cremoso,
São assim os teus lábios de menina,
Tal como um pastel delicioso!
Perto da cerejeira,
Sinto-me cada vez numa doideira,
O que é que me fizeste, bela e simples ceifeira...?
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