sexta-feira, 21 de março de 2008

A arquitectura do Castelo Negro...

Indra e Anúbis nem tinham reparado na magnitude da morada de Samiel quando entraram pelas portas desta.

Estavam demasiado assustados e nervosos para apreciar a arquitectura bizarra e fascinante do castelo.
As portas eram abertas por um mecanismo tipicamente oriental fazia rodar todas as portas do castelo na horizontal e – e não com dobradiças – sempre que qualquer indivíduo tocava nelas. Resumindo, o castelo era uma autêntica mistura de estilos completamente diferentes, excluindo o exterior, que era gótico, com as monumentais fachadas do edifício escuro eram lindamente esculpidas com motivos acerca da magia: fadas, unicórnios, feiticeiros, dragões, grifos, serpentes e tigres guardavam todas as criaturas inferiores; ou seja, as Fadas, os Duendes, os Demónios, Gigantes, e Demónios, as classes primitivas. Os Deuses davam bênçãos bem do alto dos pedestais mais altos, onde se encontravam os cinco pináculos do castelo feito Yerthal, um mineral preto como o carvão, bastante quente e confortável que os bruxos costumavam usar para construir as suas casas. Algumas alas e divisões eram construídas com Uernal, um mineral branco, muito semelhante ao Yerthal, o que fazia muitos partes da casa ter-se a sensação de ver tudo a preto e branco, se não fosse os tons de sangue vermelhos e quentes que Samiel mandara pintar em algumas paredes e tectos. O Assassino do Amor era louco pela cor do sangue, dava-lhe uma excêntrica sensação de prazer, a cor que, para alguns era o símbolo da luxúria e paixão. Também gostava das misturas entre o preto e o branco, o azul e o prateado. Como ex. Chocolateiro, era um artista com um sentido de estética bastante fantasioso, e assim sendo, Samiel sabia quais eram os pigmentos certos para transmitir loucura (amarelo), esperança (verde), elegância (preto), pureza (branco), profundidade (azul-escuro) e poder (vermelho). Também conhecia um pouco de psicologia, talvez o suficiente para conseguir aterrorizar, seduzir, ou fingir-se sincero para qualquer um. Tinha um olfacto apurado, gostava de boa música, escrevia e falava com uma eloquência impressionante. O seu génio e gosto pelo requinte e obsessão possessiva pela perfeição não deixava de espantar qualquer um que viesse ter ao castelo. Qualquer bruxo se sentiria feliz num castelo como aquele, mas Indra e Anúbis não eram bruxos, mas sim deuses. A atmosfera do orgulho e da felicidade excessiva, sublimando assim a ideia do mal e do errado, não eram bons ideais para os Deuses. Os Deuses gostavam da beleza humilde e simples, pois aquilo era demasiado trabalhoso, até para eles. “Diz-me aonde moras e dir-te-ei como és” aplica-se especialmente às classes da Dimensão Mágica.
Era óbvio que Samiel estava em pensar em outra coisa que não a conversa com os outros deuses ou a arquitectura da sua própria casa.
Fumou elegantemente um pouco mais do tabaco, como se quisesse expelir todos os seus pensamentos sob as ondas azuis-escuros provocadas pela sua respiração gelada.
Estava a meditar porque razão tivera mandado Jerininantus pagar ao demónio para que ficasse de boca calada quanto ao “salvamento” de Eleonora do Reino das Nereidas. Por poucos momentos, esboçou um sorriso malicioso. Fora relativamente fácil manipular o demónio, só esperava que a nereida que induzira Eleonora não fosse considerada mais uma vítima nas suas garras. Um dos seus dedos acariciou suavemente os pêlos farfalhudos do tigre, enquanto pensava na forma de capturar a Princesa Eleonora. Não fora ele quem a estupidamente a envenenara com ervas tóxicas, mas sim os seus melhores diplomatas grifos. «…É claro que não…», não gostava de sujar as mãos com mulheres daquele tipo, no entanto, alguém tinha de fazer aquele trabalho infame de caçar mulheres como aquela nereida. Apenas ele podia fazê-lo: matar uma mulher naquela altura era como profanar um templo sagrado. Nenhum homem se atrevia a fazer mal a uma mulher, apenas Samiel tratava o homem e a mulher como semelhantes, mas isto não quer dizer que este tivesse pena de abusar delas, não. Ele não sentia quaisquer remorsos pelo que fazia, tal como não sentiu qualquer pena por maltratar Eris. “Eris…” O próprio nome da antiga amada soava para ele como uma doce brisa nos ouvidos, mas também como um lúgubre aviso, uma sombra do seu antigo aspecto, duma memória cruelmente apagada pelas areias do tempo, um triste espectro a vaguear pela sua mente infeliz. Depois da morte daquela deusa que ele tanto prestava homenagem, sentiu-se na obrigação de proibir os seus homens de alguma vez mencionarem o nome. O bruxo sentia que era seu dever ser assim frio (nunca mais amar alguém verdadeiramente em toda a sua vida), punir todos aqueles que, segundo as suas perspectivas, eram indignos de ter o privilégio de viver, e, por outro lado, achava completamente injusto que as mulheres não podiam ser tratadas duma forma tão pouco imprópria dos deuses, mas que estas também deveriam aprender a não desafiar a autoridade do homem. A sua mente distorcida trabalhava duma forma quase incompreensível ainda para um bruxo experiente. Umas vezes bom e amável, outras frio e malvado, Samiel não era nem mau, nem bom.
Embora detestasse Neptuno, adorava as filhas deste, e sempre as desejara conhecer: gostava de crianças, mas duma forma um pouco para o pedófilo.
O seu contraste pessoal ia de odiar e ignorar perfeitamente as leis do Palácio das Reuniões quanto à Magia Negra até respeitar prontamente os códigos mágicos de nunca ferir os inocentes.
Ele também não defendia o ser masculino, mataria um homem com a mesma frieza e crueldade que assassinaria e violaria uma mulher.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quando se pensa que o camarada já chegou ao máximo da vilania, ele aparece com mais essa faceta revelada... pedófilo. Não haverá ninguém para dar fim ao reino desse crápula?

Mia Rossi disse...

castelo negro uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii que nome assustador lol lol faz lembrar os castelos das bruxas e dos grandes vilões das histórnsia tradicionais que nos fascinam belo belo post este blog é espetacular continua aasim parabéns