domingo, 1 de novembro de 2009

Um Castelo Democrático (especial Dia das Bruxas)



Tenho um especial carinho pelos Tienenses, aqueles que utilizam o termo "menino" e "menina", para os filhos e para os que mais amam.

Se "A alma de um povo está na sua cultura", então a alma dos Tienenses está concentrada numa misturada de vários povos, incluindo o português. Não é para me gabar, nem nada, mas achei engraçado ver um típico lisboeta, com as roupas de uma pessoa lá do norte da Europa, com a excentricidade e fervor ao trabalho de um homem russo, e com a multiculturalidade de um londrino. Assim nasce o Tienense, com a mania japonesa de contar histórias de terror e um humor tão negro e vermelho como o antigo sangue azteca.

Uma vez que os Tienenses estiveram muito tempo sobre a "alçada comunista", seria normal encontrar um pouco de ruínas pós-guerra da antiga Cyborg Town. Mas também se encontra o moderno, e o progresso numa cidade destas. Quando, lá no norte, eu pergunto se conhecem um típico bellante, então todos dirão a palavra chave: organização e burocracia. Os Bellantes gostam muito de organizar tudo, nem que seja a nova praça que foi construída na Nova Losjafhden, que, apesar de ser um monumento ao mau gosto, é muito bonita.

Não desfazendo o meu anterior comentário, o Castelo Negro é aonde toda esta energia e alegria sem descanso têm o seu núcleo, principalmente pelas mulheres e pelo protocolo antigo já é de há imenso tempo. É por isso que opto por receber os meus convidados através de uma série de processos burocráticos, do que ter alguém a apontar nos meus coisos logo na entrada. Creio que é a única maneira de nós, Bruxos, sermos civilizados; optarmos por uma solução que seja acertada e justa para todas as classes.

Nos tempos da Tienânia (1949-1989), os bruxos do Norte conseguiam entender-se muito bem entre as outras classes, através do programa "Vinho de Framboesa". Aliás, a reabertura em 1979 do famoso salão Cavalheiro como "A Estrela de Swertyhina" não foi para outra coisa. As pessoas precisam de distrair-se, trabalhar e recuperar a antiga honra na sua cidade como "A Pérola do Império Bellante", naqueles tempos dourados antes das guerras e dos conflitos contra os imigrantes, nos tempos de 1900-1930. Swertyhina, a Senhora do Sangue Vermelho, a nossa Mãe da cidade Cyborg Town foi especialmente idolatrada, nos maus e nos bons momentos. Por estar associada ao sangue, nos tempos da Tienânia, Swertyhina foi considerada uma heroína santa para muitos - a personificação da rapariga nobre, guardiã do Rio Bênção, que desiste de todas as riquezas mundanas para conquistar Tsesustan, o deus eremita - e uma vilã demoníaca para outros - a terrível deusa negra que ameaça destruir os antigos cultos que proíbem o sacrifício de sangue humano aos Deuses. Porque é que não vemos esta senhora não como uma encarnação do mal ou do bem, mas sim como algo misturado: a Justiça!
É isso o que eu quero, para um castelo mais democrático e feliz...!

Kasimir Ivanovitch Malaghetiyev in News Zone, trecho de "Ensaio sobre A Condição Democrática entre Classes"

1 comentário:

MobiTraveller disse...

Ola!
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